
VEJA AQUI!
Foi por volta de 2h da madrugada. O palco foi a Avenida Marechal Castelo Branco, nas proximidades da Ponte da Primavera, na zona norte de Teresina. Ali foi assassinado, sem chance de defesa, o homem mais popular da época, Donizetti Adalto dos Santos, que era candidato a deputado federal e fazia dobradinha na chapa com Djalma Filho. Os dois retornavam de uma reunião política em um mesmo carro. Faltavam poucos dias para as eleições.Os assassinos teria fechado o veículo em que estavam Donizetti e Djalma e meteram bala no polêmico apresentador.Dos acusados, apenas um falta ser julgado. É o advogado Djalma Filho, que na época era vereador de Teresina, e fazia dobradinha com Donizetti: o apresentador era candidato a deputado federal e Djalma a deputado estadual.Na reviravolta das investigações, Djalma acabou sendo acusado de ser o mandante. Ele diz que tudo não passa de perseguição, que também foi vítima e que muita coisa ainda precisa ser esclarecida no caso. Promete revelar ‘uma verdadeira bomba’, durante o seu julgamento.Consta nos autos do processo que o motivo que teria levado Djalma mandar matar Donizetti seria para criar um fato novo e ele [Djalma] conseguir aparecer como sobrevivente herói e melhorar sua performance política, já que não estaria bem nas pesquisas que vinham sendo realizadas.
Como diz-se na linguagem popular, ‘Donizetti estava eleito’; seria o deputado federal mais bem votado em toda a história do Piauí. Seria um avalanche de votos, uma espécie de Enéas, que representava a esperança do povo desacreditado nos políticos tradicionais.As investigações do caso foram realizadas pelas polícias Federal e Civil.
O VELÓRIO
Quando o sol raiou no dia 19 de setembro de 1998, o Piauí chorou. A tristeza estampou no rosto de cada piauiense que acompanhou o trabalho combativo e polêmico de Donizetti Adalto. Uma multidão se acotovelou em uma fila quilométrica no Ginásio de Esportes O Verdão. Lá, foi velado Donizetti Adalto dos Santos.
Entre a multidão que chorava copiosamente, aparece Djalma Filho, que também chorou sob o caixão de Donizetti Adalto.O julgamento de Djalma Filho é um dos mais esperados dos últimos 22 anos no Piauí.
AUTOR:A5PIAUI